Blog

Cinco maneiras de transformar as cidades do futuro

Por Gustavo Perez, Founder e CEO da mobileX – MTM Tecnologia

Como você imagina a sua cidade no futuro? Com carros voadores e robôs andando por aí? Pode até ser, mas, até que isso aconteça, seria bom imaginar formas de contar com serviços mais dinâmicos, inteligentes e melhores condições de mobilidade, saúde, educação etc.  Para alcançar esse propósito, muitos setores da sociedade e da indústria têm trabalhado para criar soluções práticas para o dia a dia das pessoas. O que todas elas têm em comum, porém, é o uso da Tecnologia como fonte central para o desenvolvimento das Smart Cities (Cidades Inteligentes).

Não são poucos os exemplos de como a inovação tecnológica tem ajudado a transformar a realidade de comunidades inteiras pelo mundo afora. Hoje, graças à inovação trazida pela Internet móvel e das plataformas de serviços digitais, milhões de pessoas estão encontrando formas de melhorar suas condições de vida e a rentabilidade de seus negócios.

As pessoas estão usando a tecnologia para buscar carona, fugir do trânsito, pedir comida, acelerar entregas, diminuir custos e muito mais. No futuro, no entanto, as cidades também terão de ser pensadas a partir desta ótica. Segundo o Gartner, por exemplo, em menos de três anos as administrações públicas serão ‘obrigadas’ a reformular suas gestões em relação ao uso da tecnologia, adotando mais recursos móveis e inteligentes como forma de otimizar a prestação de serviços ao cidadão e de reduzir seus custos.

Mas quais seriam as oportunidades e pontos de atenção para essa transformação? Pensando nisso, listo cinco formas de usar a tecnologia para transformar as cidades do futuro e garantir melhores resultados para todos:

 

  1. Aplicações Digitais para redução da burocracia e custos – Um dos grandes desafios da administração pública é diminuir a quantidade de procedimentos e equipes que precisam ser acionadas em cada atendimento ao cidadão. É comum ter que ir em mais de um local de suporte ou, ainda, retornar diversas vezes para concluir o serviço. A tecnologia pode servir como um simplificador desses processos, agilizando a comunicação entre equipes e redirecionando as informações à uma central única, pensada para agilizar futuros atendimentos aos cidadãos. É preciso utilizar a Inteligência Artificial, conceitos de Big Data e Analytics para encontrar formas de enxugar as contas e gastos públicos. Essas soluções já existem e são amplamente usadas pelo setor privado. Agora, a questão é entender como aplicar isso em ambientes com tecnologia legada mais específica e menor flexibilidade para a adequação das infraestruturas e métodos.

 

  1. Serviços móveis voltados ao engajamento dos cidadãos – O Gartner destaca que o principal impeditivo para o avanço das cidades inteligentes, hoje, é a incapacidade dos governos de engajar os cidadãos. Falta serviços digitais e as iniciativas tradicionais ainda são predominantes, reforçando o caráter burocrático. O objetivo é reduzir essa sensação, avançando na digitalização real das ofertas. Dessa maneira, as administrações conseguem aumentar a satisfação dos usuários, podem diminuir suas equipes de atendimento físico e controlam melhor os dados trabalhados por suas equipes.

 

  1. Otimização dos serviços da área da Saúde – Graças à inovação, milhares de pessoas já podem contar com serviços de prontuário eletrônico e gestão de procedimentos de forma totalmente digital e on-line. Para o futuro, o serviço público e as empresas do ramo da Saúde devem seguir esse caminho, uma vez que o uso da tecnologia permite reduzir as equipes de atendimento (remanejando profissionais para atividades mais estratégicas) e garantir mais agilidade aos atendimentos como um todo. Ao cortar etapas manuais, os hospitais, centros médicos e administrações públicas evitam erros humanos, aceleram a comunicação e garantem melhores taxas de sucesso à gestão dos recursos. Investir em aplicações de gestão eletrônica de ambientes médicos é, hoje, simplificar a operação e permitir novas formas de crescimento – garantindo, ainda, maior satisfação das pessoas. Os mesmos mecanismos, vale lembrar, podem ser realinhados para atender outros segmentos como Educação, Mobilidade e Segurança Pública.

 

  1. Análise de Dados para melhora de prestação de serviços – Estima-se que, hoje, 55% da população mundial viva em cidades. Em 2030, porém, esse número deverá saltar para mais de 66%. Ou seja, é preciso preparar as ações que permitirão suportar esse crescimento, propondo alternativas e rumos para garantir a melhor qualidade de vida aos cidadãos. Hoje, as aplicações móveis contam com diversos recursos de Data Analytics que podem (e devem) ser usados para criar uma avaliação preditiva que oriente os planos públicos para o futuro.

 

  1. Inteligência para gerenciamento de equipes e chamados – Todo mundo, ao menos uma vez, já teve de esperar muito tempo para a realização de um serviço público – de uma consulta médica à realização de uma poda de árvore, por exemplo. Isso pode ser evitado com a implementação de recursos que sejam capazes de monitorar os chamados e processos, incluindo escalas de priorização e prazos de entrega. A tecnologia pode ser usada para encontrar as equipes mais próximas para a conclusão de uma obra de urgência na cidade e até mesmo para verificar as condições de trânsito em uma determinada região. Dessa forma, o uso da inovação oferece mais agilidade e praticidade às ofertas, bem como pode ser um caminho para o controle de despesas e de colaboradores.

Assinatura